Na escola, a professora falava dos animais:
_Para que serve a ovelha, Marcinha?
_Para nos dar a lã, professora...
_E para que serve a galinha, Marquinho?
_Para nos dar os ovos...
_E para que serve a vaca, Joãozinho?
_Para nos passar lição de casa...
O esconderijo do poeta são suas palavras. Nos cantos mais obscuros da língua ele jaz, encapotado. De seus becos vazios e escuros, ele espreita, à espera de alguma palavra descuidada, jogada fora. Forma com elas tijolos com os quais vai erguendo sua fortaleza. Queres encontrar um poeta, procura-o entre os muros de palavras, nos becos da linguagem. Encontrá-lo-á, encolhido, encapuzado, porém atento, aguardando o próximo descuido...
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