quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Parábola

CIRCULANDO NA REDE

Era uma vez um menino com temperamento muito forte. Seu pai deu-lhe um saco de pregos, dizendo-lhe que cada vez que ele ficasse furioso (bravo) pregasse um prego na cerca do fundo da casa.

No primeiro dia o garoto pregou 37 pregos, mas gradualmente ele foi se acalmando. Descobriu que era mais fácil "segurar" seu temperamento do que pregar os pregos na cerca.

Finalmente chegou o dia em que o garoto não se enfureceu nenhuma vez. Contou ao pai o que havia sucedido e pai sugeriu-lhe que, de agora em diante por cada dia que conseguisse segurar seu temperamento retirasse um dos 37 pregos.

Passou-se o tempo e o garoto finalmente pode dizer ao pai que tinha retirado todos os pregos.

O pai tomou o filho pela mão e levou-o até a cerca dizendo-lhe:

- Você fez muito bem meu filho, mas a cerca nunca mais será a mesma. Quando você diz coisas quando está furioso, elas deixam uma cicatriz assim como as marcas da cerca. Você pode fincar e retirar uma faca em um homem. Não importa quantas vezes você possa dizer; "desculpe", a ferida mesmo assim permanecerá. Uma ferida verbal é tão ruim (maligna) quanto uma ferida física. Amigos são uma jóia muito rara. Eles fazem você sorrir e estimulam você a ter sucesso. Eles emprestam um ouvido amigo, repartem uma palavra de elogio, eles querem sempre abrir seus corações para nós."

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dicionário dos Cornos da Língua Portuguesa


Dicionário dos Cornos da Língua Portuguesa


CORNO ABELHA: o que vai para rua fazer cera e volta cheio de “mé”.

CORNO AMBULÂNCIA: aquele que quando vê a mulher com outro sai gritando: UAU! UAU! UAU!

CORNO ATLETA: é aquele que leva “chifre” e sai correndo.

CORNO ATEU: aquele que nem vendo acredita.

CORNO ATREVIDO: aquele que se mete na conversa da mulher com o Ricardão.

CORNO AZARADO: é aquele que arranja um “quebra-galho” e leva a um motel, e logo na entrada vê sua mulher saindo com o Ricardão.

CORNO AZULEJO: baixinho,quadrado e liso.

CORNO BANANA: a mulher vai embora e deixa uma penca de filhos.

CORNO BATERIA: o que vive dizendo: “vou tomar uma solução”.

CORNO BONZINHO: é aquele que empresta a mulher aos amigos.

CORNO BRABO: é aquele que quando é chamado de corno quer brigar.

CORNO BRAHMA: é aquele que pensa que é o “número 1″.

CORNO CAMINHÃO DE GÁS: só leva chifre de 15 em 15 dias.

CORNO BRINCALHÃO: é aquele que leva chifre o ano todo e no Carnaval se fantasia de Ricardão.

CORNO BROXA: aquele que a mulher bota chifre até com sapatão.

CORNO BURRO: é aquele que segue a mulher o tempo todo e quando vê a mulher saindo do motel com o Ricardão, exclama: “Eu não entendo!!!”

CORNO CAÇADOR: é aquele que só anda armado na esperança de um dia encontrar o seu Ricardão.

CORNO CAIXA-DE-MARCHA: é o que leva chifre da 1a, da 2a, da 3a e da 4a mulher e para se vingar passa uma ré e começa a “agasalhar”…

CORNO CAMARADA: é aquele que empresta dinheiro ao Ricardão.

CORNO CANTOR: é aquele que vive levando chifre, e mesmo assim, passa o dia cantando para desabafar.

CORNO CARRAPATO: vive grudado na mulher tentando evitar o chifre.

CORNO CAVALEIRO: procura chifre em cabeça de cavalo mas encontra na sua cabeça.

CORNO CEBOLA: quando vê a mulher com outro “só chora”.

CORNO 120: o que vê a mulher fazendo 69 com outro e vai correndo pro bar tomar uma 51.

CORNO CHURRASCO: é aquele que bota a mão no fogo pela mulher.

CORNO CIGANO: quando leva chifre muda de bairro, troca de nome e diz que vem de outro estado.

CORNO COQUETEL: é uma mistura de todos acima.

CORNO CRENTE: aquele que sempre crê que sua mulher é honesta.

CORNO CURURU: quando vê a mulher com outro fica todo inchado.

CORNO DENOREX: aquele que não parece, mas é!

CORNO DESCARADO: aquele que leva chifre e sai desfilando com a mulher.

CORNO DESCONFIADO: é aquele que procura o Ricardão toda vez que chega em casa.

CORNO DESINFORMADO: só ele que não sabe.

CORNO DETETIVE: passa o tempo todo seguindo o rastro de um corno e termina esquecendo o dele.

CORNO DINOSSAURO: quando chega em casa grita: “Querida, cheguei!”

CORNO LEITOR: é aquele que lê e sabe o significado de todos os cornos e ainda pode se identificar…

domingo, 26 de setembro de 2010

Mulheres [Luis Fernando Veríssimo]

"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto-sentido.
Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?

E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?

E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
"Leve um sapato extra na mala, querido.
Vai que você pisa numa poça..."
Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...

O sexto-sentido não faz sentido!

É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!

E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?

E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...

Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?

Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...

É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos?

Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem?

Elas conhecem todos...

Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.

EN-FEI-TI-ÇAM !

E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.

O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento
que os faz dormir nessa hora."

CONTO ERÓTICO [Luís Fernando Verríssimo]


-Assim ?
-É. Assim.
-Mais depressa ?
-Não. Assim está bem. Um pouco mais para...
-Assim ?
-Não, espere.
-Você disse que...
-Eu sei. Vamos recomeçar. Diga quando estiver bem.
-Estava perfeito e você...
-Desculpe.
-Você se descontrolou e perdeu o...
-Eu já pedi desculpa !
-Está bem. Vamos tentar outra vez. Agora.
-Assim ?
-Um pouco mais pra cima.
-Aqui ?
-Quase. Está quase !
-Me diga como você quer. Oh, querido...
-Um pouco mais para baixo.
-Sim.
-Agora para o lado. Rápido !
-Amor, eu...
-Para cima ! Um pouquinho...
-Assim ?
-Aí ! Aí !
-Está bom ?
-Sim. Oh, sim.
-Pronto.
-Não ! Continue.
-Puxa, mas você..
-Olha aí... Agora você...
-Deixa ver...
-Não, não. Mais para cima.
-Aqui ?
-Mais para o lado.
-Assim ?
-Para a esquerda !! O lado esquerdo !
-Aqui ?
-Isso ! Agora coça.


Estreando Luís Fernando Veríssimo aqui


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Soneto a Quatro Mãos [Vinicius de Moraes]

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano
.

Soneto do Amor Total! [Vinicius de Moraes]

Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Soneto do Amor maior! [Vinicius de Moraes]

Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.


E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada.


Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo


Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ÀPORO [Carlos Drummond de Andrade]

Um inseto cava

cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.

Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?

Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto se desata:

em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.

A FLOR E A NÁUSEA [Carlos Drummond de Andrade]

Preso à minha classe e a algumas roupas,

Vou de branco pela rua cinzenta.

Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me'?

Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.

Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo

e dou a poucos uma esperança mínima.

Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Atendente da OI!

Toca o telefone...

- Alô.

- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?

- Pois não, pode ser comigo mesmo.

- Quem fala, por favor?


- Edson.

- Sr. Edson, aqui é da OI, estamos ligando para oferecer a promoção OI linha adicional, onde o Sr. tem direito...


- Desculpe interromper, mas quem está falando?

- Aqui é Rosicleide Judite, da OI, e estamos ligando...

- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?

- Bem, pode..

- De que telefone você fala? Meu bina não identificou.

- 10331.


- Você trabalha em que área, na OI?

- Telemarketing Pro Ativo.

- Você tem número de matrícula na OI?

- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.

- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da OI. São normas de nossa casa.

- Mas posso garantir....

- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a OI.

- Ok.... Minha matrícula é 34591212.

- Só um momento enquanto verifico.

(Dois minutos depois)

- Só mais um momento.

(Cinco minutos depois)

- Senhor?

- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.


- Mas senhor...

- Pronto, Rosicleide, obrigado por ter aguardado. Qual o assunto?


- Aqui é da OI, estamos ligando para oferecer a promoção, onde o Sr. tem direito a uma linha adicional. O senhor está interessado, Sr. Edson?

- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, porque é ela que decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones.


- Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.

(coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino
tocando no Repeat (quem disse que um dia essa droga não iria servir para alguma coisa?), depois de tocar a porcaria toda da música, minha mulher atende:

- Obrigado por ter aguardado.... pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou..


- 10331.

- Com quem estou falando, por favor.

- Rosicleide


- Rosicleide de que?

- Rosicleide Judite (já demonstrando certa irritação na voz).


- Qual sua identificação na empresa?

- 34591212 (mais irritada agora!).


- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajudá-la?

- Aqui é da OI, estamos ligando para oferecer a promoção, onde a Sra tem direito a uma
linha adicional. A senhora está interessada?

- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer,
pode anotar o protocolo por favor.....alô, alô!


TUTUTUTUTU...

- Desligou.... nossa que moça impaciente!


Maridão Obediente!!! [mais de A língua portuguesa é muito clara]

NÃO SUPORTANDO AQUELA TAMPA SEMPRE MIJADA, A MULHER DETERMINOU:



F A V O R U R I N A R S E N T A DO !

Vai entender!!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os Viajantes e o Urso [crônica]

Os Viajantes e o Urso

Um dia dois viajantes dera de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia consguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingui-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
_O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
_Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.

Moral da história:
A desgraça põe à prova a sincaridade e a amizade

Esopo

Bons Amigos [Machado de Assis]

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

Poema de Amizade [Albert Einsten]

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Soneto da separação [Vinicius de Moraes]

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Dialética [Vinicius de moraes]

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

Pela luz dos olhos teus [Vinicius de Moraes]

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.

domingo, 19 de setembro de 2010

mais di Joãozinho!

Na sala de aula o professor de química pergunta para a Mariazinha:
- O que significa a fórmula H²SO4?
E a Mariazinha:
- Eu sei.. eu sei… tá aqui, professor, na ponta língua!
O Joãozinho, mais rápido, dá um tapa da cabeça da Mariazinha dizendo:
- Cospe, cospe que é acido sulfúrico.

porque "o computador" é feminino!


Um espanhol fez um levantamento dos motivos pelos quais computador é uma palavra feminina (computadora) na língua de Cervantes (espanhol). E não admite que as 10 razões encontradas sejam preconceito.
01 – Assim que se arranja um, aparece outro melhor na esquina.
02 – Ninguém, além do criador, é capaz de entender a lógica interna.
03 – Mesmo os menores errinhos que você comete são guardados na memória para futuras referências.
04 – A linguagem nativa utilizada na comunicação entre computadores é incompreensível para qualquer outra espécie.
05 – A mensagem “bad command or file name” é tão informática quanto, digamos, “se você não sabe porque estou com raiva, não sou eu que vou explicar!”
06 – Assim que você opta por um computador e, qualquer que seja, logo vai estar gastando, tudo o que ganha com acessórios para ele.
07 – O computador processa, informações com muita rapidez, mas não pensa.
08 – O computador do seu amigo é sempre melhor do que o que você tem em casa.
09 – O computador não faz absolutamente nada sozinho, sempre precisa de um comando.
10 – O computador sempre trava na melhor hora. Mas… nem pensar em ficar sem ele
.

sábado, 18 de setembro de 2010

fases da vida acadêmica

Bolsista de iniciação.

Escuta as músicas que estão na moda. São os primeiro passos na vida científica. A vida é maravilhosa. Tudo é uma festa. Até a mísera bolsa de IC é uma fortuna.


Bolsista de Mestrado.

Escuta música POP. Está completamente empolgado com o que se faz, e quer ser o melhor na sua área.


Bolsista de Doutorado.

Escuta Heavy Metal. O dia começa às 8 da manhã e só acaba às 10 da noite. Nada dá certo e ainda tem que lidar com resumos para congressos, relatórios, disciplinas, paper para escrever, orientar os ICs, e resolver os problemas do orientador etc, etc.


Bolsista de Pós-Doutorado.

Escuta MPB. Aumento de peso por causa do estresse. Percebeu que não pode salvar o mundo, mas isso não lhe importa, porque ainda assim te continuam pagando uma bolsa. E os papers? Se sair algum, beleza, se não, tudo bem, sempre se tem oportunidade para encaixar algum review.


Professor Doutor.


Escuta jazz e música clássica . O senso de humor mudou totalmente daqueles dias de iniciação. As dores de cabeça são mais frequentes e começa a esquecer as coisas que foram faladas. Só vive a base da cafeína. O melhor é que ninguém pode te criticar.



Professor Titular.

Escuta vozes em sua cabeça. Esquece dos horários das reuniões, dos dias da semana, do trabalho de seus alunos...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Recordação [Gonçalves Dias]


Nessun maggior dolore...
Dante


Quando em meu peito as aflições rebentam
Eivadas de sofrer acerbo e duro;
Quando a desgraça o coração me arrocha
Em círculos de ferro, com tal força,
Que dele o sangue em borbotões golfeja;
Quando minha alma de sofrer cansada,
Bem que afeita a sofrer, sequer não pode
Clamar: Senhor, piedade; — e que os meus olhos
Rebeldes, uma lágrima não vertem
Do mar d'angústias que meu peito oprime:


Volvo aos instantes de ventura, e penso
Que a sós contigo, em prática serena,
Melhor futuro me augurava, as doces
Palavras tuas, sôfregos, atentos
Sorvendo meus ouvidos, — nos teus olhos
Lendo os meus olhos tanto amor, que a vida
Longa, bem longa, não bastara ainda
por que de os ver me saciasse!... O pranto
Então dos olhos meus corre espontâneo,
Que não mais te verei. — Em tal pensando
De martírios calar sinto em meu peito
Tão grande plenitude, que a minha alma
Sente amargo prazer de quanto sofre.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

piada de animais!



O PATINHO E O GAMBAZINHO


A mamãe PATA e a mamãe GAMBÁ atravessavam tranqüilamente uma rodovia, cada uma com um filhotinho, quando, de repente, surge um caminhão em alta velocidade.
As mamães na urgência de salvarem seus filhos, os empurraram rapidamente para o acostamento, mas não tiveram tempo de salvarem a si próprias.

O caminhão passou e matou ambas, deixando os pequeninos filhotes sozinhos.

O patinho começou chorar compulsivamente, e o pequeno gambá tentou ajudá-lo:
- Porque choras tanto, meu amiguinho?
- É que minha mamãe morreu tão de repente, e nem teve tempo de me dizer quem sou, de onde vim, nada!

O gambazinho:
- Mas é fácil, eu posso ajudá-lo. Olha, você é pequenino, amarelinho, tem pés com nadadeiras e faz Quack... Só pode ser um patinho!!!

E o patinho ficou feliz da vida.

Mas na hora, caiu a ficha para o gambazinho, de que sua situação era a mesma, e ele começou a chorar. Então o patinho disse:
- Nossa por que você chora tanto agora?
O gambazinho:
- É que eu descobri que minha situação também é muito triste, não sei quem sou, de onde vim, quem é meu pai....

O patinho tentando ajudar:
- Calma que eu acho que também posso ajudá-lo.
Raciocina comigo: Você fede pra caramba, é feio pra cacete, seu corpo é preto e branco, não sabe quem é seu pai, não tem mãe...
Você só pode ser Corinthiano!

E o gambazinho Chorou o resto da vida!

Piada de Loira!

A loira liga para o celular do namorado:
- Mô, oi, sou eu... Tô com um problema enorme.
- O que houve querida?
- Eu comprei um quebra-cabeça, mas é muito difícil... As peças não
encaixam...
- Meu amorzinho, eu já te ensinei a montar vários tipos de
quebra-cabeças,né? Primeiro você tem que achar os cantinhos....
Esqueceu??
- Eu sei, lembrei que você disse isso, mas é que eu não consigo
encontrar os cantos...
- Ok...qual é a figura? Deve estar desenhado na caixa... pergunta o
namorado..
- É um tigre....responde apreensiva.
- Tigre? Não me lembro desse quebra-cabeças.... Se acalma! To indo
praí!
Chegando lá, a loira o leva até a cozinha e mostra o quebra-cabeça
sobre a mesa. O namorado dá uma olhada, balança a cabeça, chora, dá
um soco na parede, conta até 10 três vezes, e após longo e pensativo
silêncio não agüenta e explode:
- Misericórdia!!!
- Bota já os Sucrilhos de volta na caixa!!!

HOMO INFIMUS [Augusto dos Anjos]


Homem, carne sem luz, criatura cega,

Realidade geográfica infeliz,
O Universo calado te renega
E a tua própria boca te maldiz!

O nôumeno e o fenômeno, o alfa e o omega
Amarguram-te. Hebdômadas hostis
Passam... Teu coração se desagrega,
Sangram-te os olhos, e, entretanto, ris!

Fruto injustificável dentre os frutos,
Montão de estercorária argila preta,
Excrescência de terra singular.

Deixa a tua alegria aos seres brutos,
Porque, na superfície do planeta,
Tu só tens um direito: - o de chorar!

Versos Íntmos [Augusto dos Anjos]

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CANÇÃO DO EXÍLIO [Gonçalves Dias]


Kennst du das Land, wo die Citronen blühn,
Im dunkeln Laub die Gold-Orangen glühn,
Kennst du es wohl?
Dahin, Dahin!
Möcht ich... ziehn!
Goethe ¹
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
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¹ Nota do Vilão: A introdução acima é um trecho do poema de Goethe, e é parte integrante dessa obra de Gonçalves Dias, embora dificilmente encontra-se na rede o poema completo, pois a introdução acima é muitas vezes ignorada e retirada do poema, até mesmo por editoras, talvez por ficar mais conveniente para estudantes que não se interessam muito por alguma coisa que deva ser pesquisada, ou até mesmo para a crítica, que feita de maneira raza e superficial, prefere tirar um trecho que poderia causar um pouca mais de reflexão, do que ter de explicá-lo.
Mas aqui fica uma crítica e um apelo do blog Vila Vilão. Não se pode privar um leitor de conhecer uma obra completa, a quem edita e publica algo, não é atribuídoo direito de ocultar algum trecho da obra, pois o mesmo, é alterá-la de sua forma original, um crime contra o autor.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

mais uma de Bêbado!

Os dois caras já tavam para a lá de Bagdá quando um fala para o outro, trocando as pernas e a língua:

- Vamo toma um porre?? Vamo?? Quanto zzze tem ai?

- (enfiando a mão no bolso) “Zinquenta. Zó tenho zinquenta!” e mostra a moedinha. “Quanto ze tem?”

- (o outro enfia a mão) “Tenho 1 e vinte!”

- Num vai dá…

- É, num vai…

Os dois cambaleando até que um teve uma idéia:

- Tive uma idéia! A zente compra uma lingüiça com o dinheiro, vai para o bar e toma um monte. Ai, oce se abaixa eu ponho a lingüiça para a fora, cê começa a chupar e o dono do bar vai ficar tão puto que nos não vamos pagar…

- Tá bão, então vão…

E compraram a lingüiça e foram para o bar. Tomaram até sair pela orelha. Ai um se abaixou e começou a chupar a lingüiça, o dono do bar ficou puto e os dois saíram sem pagar…

- Beleza, num dizze!! Vão para a outro bar!

- Vão embora!!

E assim foram, uns 3 bares. Aí o que tava chupando a lingüiça:

- Oh, num é por nada, mas será que dá para a trocar um pouco?? Tô ficando canzado de chupar. No próximo bar é sua vez, tá?!!

- Tá bão. Só que cê não vai ficar chateado?! é que eu perdi a lingüiça depois do primeiro bar…

piada de professor!


Piada de Professor: Ari (Ary) Toledo: Com Matemática e sem Palavrões

Um professor de Matemática quis pregar uma peça em seus alunos e disse:

-Meninos, aqui vai um problema:

Um avião saiu de Amsterdã com uma velocidade de 800 km/h, à pressão de 1.004,5 milibares; a umidade relativa era de 66% e a temperatura 20,4 graus Cº.

A tripulação era composta por 5 pessoas, a capacidade era de 45 assentos para passageiros, o banheiro estava ocupado e havia 5 aeromoças (mas uma estava de folga).

A pergunta é… Quantos anos eu tenho?

Os alunos ficam assombrados. O silencio é total.

Então o Joãozinho, com sempre, lá no fundo da sala e sem levantar a mão, diz de pronto:

-44 anos, professor!

O professor, muito surpreso, o olha e diz:

-Incrível! Está certo. Eu tenho 44 anos. Mas como você adivinhou?

E o Joãozinho:

-Bem, eu deduzi porque eu tenho um primo que é “meio” babaca e ele tem 22.