sábado, 31 de julho de 2010

piada para o dia do orgasmo!!!!!

Pergunta que não deve ser feita:

A mulher pergunta ao marido:

- Com quantas mulheres você já dormiu ?

E o marido responde, carinhoso:

- Só contigo, querida ! Com todas as outras eu ficava acordado !

( ESTE CIDADÃO DEU ENTRADA NO HOSPITAL COM FRATURAS GENERALIZADAS, MAS JÁ RESPIRA SEM APARELHOS... )

DIA DO ORGASMO!!!

NESTE 31 DE JULHO!!!!!!!!!!!!
TIRINHA DAQUI!!!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

FERNANDO PESSOA_ POESIAS COLIGIDAS (06)

    Eu amo tudo o que foi,
    Tudo o que já não é,
    A dor que já me não dói,
    A antiga e errônea fé,
    O ontem que dor deixou,
    O que deixou alegria
    Só porque foi, e voou
    E hoje é já outro dia.

    Fernando Pessoa, 1931.

FERNANDO PESSOA_ POESIAS COLIGIDAS (05)

    Cai chuva do céu cinzento
    Que não tem razão de ser.
    Até o meu pensamento
    Tem chuva nele a escorrer.

    Tenho uma grande tristeza
    Acrescentada à que sinto.
    Quero dizer-ma mas pesa
    O quanto comigo minto.

    Porque verdadeiramente
    Não sei se estou triste ou não.
    E a chuva cai levemente
    (Porque Verlaine consente)
    Dentro do meu coração.

    Fernando Pessoa, 15-11-1930.

poesias coligidas 04 [fernando pessoa]

    Por quem foi que me trocaram
    Quando estava a olhar pra ti?
    Pousa a tua mão na minha
    E, sem me olhares, sorri.

    Sorri do teu pensamento
    Porque eu só quero pensar
    Que é de mim que ele está feito
    É que tens para mo dar.

    Depois aperta-me a mão
    E vira os olhos a mim...
    Por quem foi que me trocaram
    Quando estás a olhar-me assim?

terça-feira, 27 de julho de 2010

DOR DE CABEÇA?? UNHA ENCRAVADA?? SEUS POBREMAS SE ACABARAM-SE

PARA QUEM ESTAVA SENTINDO FALTA DAS NOSSAS PLACAS!!!


VOCÊ CONFIA?? EU NÃO!!!



AGORA SIM, DÁ PRA CONFIAR!!!!



SÓ NÃO CURA CÂNCER!!!

E-MAIL DO CHEFE

E JÁ QUE O ASSUNTO É LINGUAGEM!!!
Nada como raciocinar rapidamente.....


Um belo dia, um funcionário estava viajando e recebeu um e-mail de seu gerente, no qual estava escrito:

PORRA.


No dia seguinte, o funcionário respondeu o e-mail:

FODA-SE.


Retornando ao escritório central, foi imediatamente chamado pelo gerente, que lhe disse:
- Você não tinha o direito de me responder daquele jeito!

O meu telegrama era simplificado e o significado de PORRA é 'Por Obséquio Remeter o Relatório Atrasado'.


O funcionário argumentou:
- Sei de tudo isso e foi exatamente dentro desse espírito que lhe respondi FODA-SE, que significa:

'Foi Ontem Despachado, Amanhã Será Entregue'.


Vai ter raciocínio rápido assim lá na PQP...

(Produção, Qualidade e Planejamento).

segunda-feira, 26 de julho de 2010

o vilão também ensina boas maneiras!!!

Aprenda a ser educado no trabalho

No lugar de:

Usar:

Nem fudendo!

Não tenho certeza se vai ser possível.

Tô cagando e andando!

Não vejo razão para preocupações.

Mas que porra eu tenho a ver com esta merda?

Inicialmente, eu não estava envolvido nesse projeto.

Caralho !

Interessante, hein?

Foda-se , não vai dar nem a pau!

Há razões de ordem técnica que impossibilitam a concretização da tarefa.

Puta merda, viado nenhum me fala nada!

Precisamos melhorar a comunicação interna.

E na bundinha, não vai nada?

Talvez , eu possa trabalhar até mais tarde.

Aquele cara é um bunda-mole mesmo!

Ele não está familiarizado com a situação.

Vai pra puta que o pariu, seu viado do caralho !

Desculpe, senhor.

Bando de filho da puta!

Eles não ficaram satisfeitos com o resultado do trabalho.

Foda-se , se vira!

Infelizmente não posso ajudar.

Puta trabalhinho de corno!

Adoro desafios

Ah, deu pro chefe?

Finalmente reconheceram sua competência

Enfia essa merda no cu!

Está muito bom, mas , por favor, refaça esta parte do trabalho.

Ah, se eu pego o filho da puta que fez isso!

Precisamos reforçar nosso programa de treinamento.

Esta merda tá indo pro buraco!

Nossos índices de produtividade estão apresentando uma queda sensível.

Agora fudeu de vez!

Esse projeto não vai gerar o retorno previsto.

Eu sabia que ia dar merda!

Desculpe, eu teria avisado, se tivesse sido previamente consultado.

Cacete, vai sair cagada de novo!

Apesar do imenso esforço, teremos outra não conformidade .

domingo, 25 de julho de 2010

SÉRIE CONTOS [POST AOS DOMINGOS]


Casa tomada

Julio Cortázar


Gostávamos da casa porque, além de ser espaçosa e antiga (as casas antigas de hoje sucumbem às mais vantajosas liquidações dos seus materiais), guardava as lembranças de nossos bisavós, do avô paterno, de nossos pais e de toda a nossa infância.

Acostumamo-nos Irene e eu a persistir sozinhos nela, o que era uma loucura, pois nessa casa poderiam viver oito pessoas sem se estorvarem. Fazíamos a limpeza pela manhã, levantando-nos às sete horas, e, por volta das onze horas, eu deixava para Irene os últimos quartos para repassar e ia para a cozinha. O almoço era ao meio-dia, sempre pontualmente; já que nada ficava por fazer, a não ser alguns pratos sujos. Gostávamos de almoçar pensando na casa profunda e silenciosa e em como conseguíamos mantê-la limpa. Às vezes chegávamos a pensar que fora ela a que não nos deixou casar. Irene dispensou dois pretendentes sem motivos maiores, eu perdi Maria Esther pouco antes do nosso noivado. Entramos na casa dos quarenta anos com a inexpressada idéia de que o nosso simples e silencioso casamento de irmãos era uma necessária clausura da genealogia assentada por nossos bisavós na nossa casa. Ali morreríamos algum dia, preguiçosos e toscos primos ficariam com a casa e a mandariam derrubar para enriquecer com o terreno e os tijolos; ou melhor, nós mesmos a derrubaríamos com toda justiça, antes que fosse tarde demais.

Irene era uma jovem nascida para não incomodar ninguém. Fora sua atividade matinal, ela passava o resto do dia tricotando no sofá do seu quarto. Não sei por que tricotava tanto, eu penso que as mulheres tricotam quando consideram que essa tarefa é um pretexto para não fazerem nada. Irene não era assim, tricotava coisas sempre necessárias, casacos para o inverno, meias para mim, xales e coletes para ela. Às vezes tricotava um colete e depois o desfazia num instante porque alguma coisa lhe desagradava; era engraçado ver na cestinha aquele monte de lã encrespada resistindo a perder sua forma anterior. Aos sábados eu ia ao centro para comprar lã; Irene confiava no meu bom gosto, sentia prazer com as cores e jamais tive que devolver as madeixas. Eu aproveitava essas saídas para dar uma volta pelas livrarias e perguntar em vão se havia novidades de literatura francesa. Desde 1939 não chegava nada valioso na Argentina. Mas é da casa que me interessa falar, da casa e de Irene, porque eu não tenho nenhuma importância. Pergunto-me o que teria feito Irene sem o tricô. A gente pode reler um livro, mas quando um casaco está terminado não se pode repetir sem escândalo. Certo dia encontrei numa gaveta da cômoda xales brancos, verdes, lilases, cobertos de naftalina, empilhados como num armarinho; não tive coragem de lhe perguntar o que pensava fazer com eles. Não precisávamos ganhar a vida, todos os meses chegava dinheiro dos campos que ia sempre aumentando. Mas era só o tricô que distraía Irene, ela mostrava uma destreza maravilhosa e eu passava horas olhando suas mãos como puas prateadas, agulhas indo e vindo, e uma ou duas cestinhas no chão onde se agitavam constantemente os novelos. Era muito bonito.

Como não me lembrar da distribuição da casa! A sala de jantar, lima sala com gobelins, a biblioteca e três quartos grandes ficavam na parte mais afastada, a que dá para a rua Rodríguez Pena. Somente um corredor com sua maciça porta de mogno isolava essa parte da ala dianteira onde havia um banheiro, a cozinha, nossos quartos e o salão central, com o qual se comunicavam os quartos e o corredor. Entrava-se na casa por um corredor de azulejos de Maiorca, e a porta cancela ficava na entrada do salão. De forma que as pessoas entravam pelo corredor, abriam a cancela e passavam para o salão; havia aos lados as portas dos nossos quartos, e na frente o corredor que levava para a parte mais afastada; avançando pelo corredor atravessava-se a porta de mogno e um pouco mais além começava o outro lado da casa, também se podia girar à esquerda justamente antes da porta e seguir pelo corredor mais estreito que levava para a cozinha e para o banheiro. Quando a porta estava aberta, as pessoas percebiam que a casa era muito grande; porque, do contrário, dava a impressão de ser um apartamento dos que agora estão construindo, mal dá para mexer-se; Irene e eu vivíamos sempre nessa parte da casa, quase nunca chegávamos além da porta de mogno, a não ser para fazer a limpeza, pois é incrível como se junta pó nos móveis. Buenos Aires pode ser uma cidade limpa; mas isso é graças aos seus habitantes e não a outra coisa. Há poeira demais no ar, mal sopra uma brisa e já se apalpa o pó nos mármores dos consoles e entre os losangos das toalhas de macramê; dá trabalho tirá-lo bem com o espanador, ele voa e fica suspenso no ar um momento e depois se deposita novamente nos móveis e nos pianos.

Lembrarei sempre com toda a clareza porque foi muito simples e sem circunstâncias inúteis. Irene estava tricotando no seu quarto, por volta das oito da noite, e de repente tive a idéia de colocar no fogo a chaleira para o chimarrão. Andei pelo corredor até ficar de frente à porta de mogno entreaberta, e fazia a curva que levava para a cozinha quando ouvi alguma coisa na sala de jantar ou na biblioteca. O som chegava impreciso e surdo, como uma cadeira caindo no tapete ou um abafado sussurro de conversa. Também o ouvi, ao mesmo tempo ou um segundo depois, no fundo do corredor que levava daqueles quartos até a porta. Joguei-me contra a parede antes que fosse tarde demais, fechei-a de um golpe, apoiando meu corpo; felizmente a chave estava colocada do nosso lado e também passei o grande fecho para mais segurança.

Entrei na cozinha, esquentei a chaleira e, quando voltei com a bandeja do chimarrão, falei para Irene:

— Tive que fechar a porta do corredor. Tomaram a parte dos fundos.

Ela deixou cair o tricô e olhou para mim com seus graves e cansados olhos.

— Tem certeza?

Assenti.

— Então — falou pegando as agulhas — teremos que viver deste lado.

Eu preparava o chimarrão com muito cuidado, mas ela demorou um instante para retornar à sua tarefa. Lembro-me de que ela estava tricotando um colete cinza; eu gostava desse colete.

Os primeiros dias pareceram-nos penosos, porque ambos havíamos deixado na parte tomada muitas coisas de que gostávamos. Meus livros de literatura francesa, por exemplo, estavam todos na biblioteca. Irene pensou numa garrafa de Hesperidina de muitos anos. Freqüentemente (mas isso aconteceu somente nos primeiros dias) fechávamos alguma gaveta das cômodas e nos olhávamos com tristeza.

— Não está aqui.

E era mais uma coisa que tínhamos perdido do outro lado da casa.

Porém também tivemos algumas vantagens. A limpeza simplificou-se tanto que, embora levantássemos bem mais tarde, às nove e meia por exemplo, antes das onze horas já estávamos de braços cruzados. Irene foi se acostumando a ir junto comigo à cozinha para me ajudar a preparar o almoço. Depois de pensar muito, decidimos isto: enquanto eu preparava o almoço, Irene cozinharia os pratos para comermos frios à noite. Ficamos felizes, pois era sempre incômodo ter que abandonar os quartos à tardinha para cozinhar. Agora bastava pôr a mesa no quarto de Irene e as travessas de comida fria.

Irene estava contente porque sobrava mais tempo para tricotar. Eu andava um pouco perdido por causa dos livros, mas, para não afligir minha irmã, resolvi rever a coleção de selos do papai, e isso me serviu para matar o tempo. Divertia-nos muito, cada um com suas coisas, quase sempre juntos no quarto de Irene que era o mais confortável. Às vezes Irene falava:

— Olha esse ponto que acabei de inventar. Parece um desenho de um trevo?

Um instante depois era eu que colocava na frente dos seus olhos um quadradinho de papel para que olhasse o mérito de algum selo de Eupen e Malmédy. Estávamos muito bem, e pouco a pouco começamos a não pensar. Pode-se viver sem pensar.

(Quando Irene sonhava em voz alta eu perdia o sono. Nunca pude me acostumar a essa voz de estátua ou papagaio, voz que vem dos sonhos e não da garganta. Irene falava que meus sonhos consistiam em grandes sacudidas que às vezes faziam cair o cobertor ao chão. Nossos quartos tinham o salão no meio, mas à noite ouvia-se qualquer coisa na casa. Ouvíamos nossa respiração, a tosse, pressentíamos os gestos que aproximavam a mão do interruptor da lâmpada, as mútuas e freqüentes insônias.

Fora isso tudo estava calado na casa. Durante o dia eram os rumores domésticos, o roçar metálico das agulhas de tricô, um rangido ao passar as folhas do álbum filatélico. A porta de mogno, creio já tê-lo dito, era maciça. Na cozinha e no banheiro, que ficavam encostados na parte tomada, falávamos em voz mais alta ou Irene cantava canções de ninar. Numa cozinha há bastante barulho da louça e vidros para que outros sons irrompam nela. Muito poucas vezes permitia-se o silêncio, mas, quando voltávamos para os quartos e para o salão, a casa ficava calada e com pouca luz, até pisávamos devagar para não incomodar-nos. Creio que era por isso que, à noite, quando Irene começava a sonhar em voz alta, eu ficava logo sem sono.)

É quase repetir a mesma coisa menos as conseqüências. Pela noite sinto sede, e antes de ir para a cama eu disse a Irene que ia até a cozinha pegar um copo d'água. Da porta do quarto (ela tricotava) ouvi barulho na cozinha ou talvez no banheiro, porque a curva do corredor abafava o som. Chamou a atenção de Irene minha maneira brusca de deter-me, e veio ao meu lado sem falar nada. Ficamos ouvindo os ruídos, sentindo claramente que eram deste lado da porta de mogno, na cozinha e no banheiro, ou no corredor mesmo onde começava a curva, quase ao nosso lado.

Sequer nos olhamos. Apertei o braço de Irene e a fiz correr comigo até a porta cancela, sem olhar para trás. Os ruídos se ouviam cada vez mais fortes, porém surdos, nas nossas costas. Fechei de um golpe a cancela e ficamos no corredor. Agora não se ouvia nada.

— Tomaram esta parte — falou Irene. O tricô pendia das suas mãos e os fios chegavam até a cancela e se perdiam embaixo da porta. Quando viu que os novelos tinham ficado do outro lado, soltou o tricô sem olhar para ele.

— Você teve tempo para pegar alguma coisa? — perguntei-lhe inutilmente.

— Não, nada.

Estávamos com a roupa do corpo. Lembrei-me dos quinze mil pesos no armário do quarto. Agora já era tarde.

Como ainda ficara com o relógio de pulso, vi que eram onze da noite. Enlacei com meu braço a cintura de Irene (acho que ela estava chorando) e saímos assim à rua. Antes de partir senti pena, fechei bem a porta da entrada e joguei a chave no ralo da calçada. Não fosse algum pobre-diabo ter a idéia de roubar e entrar na casa, a essa hora e com a casa tomada.


Filho de pai diplomata, Julio Cortázar nasceu por acaso em Bruxelas, no ano de 1914. Com quatro anos de idade foi para a Argentina. Com a separação de seus pais, o escritor foi criado pela mãe, uma tia e uma avó. Com o título de professor normal em Letras, iniciou seus estudos na Faculdade de Filosofia e Letras, que teve que abandonar logo em seguida, por problemas financeiros. Para poder viver, deu aulas e diversos colégios do interior daquele país. Por não concordar com a ditadura vigente na Argentina, mudou-se para Paris, em 1951. Autor de contos considerados como os mais perfeitos no gênero, podemos citar entre suas obras mais reconhecidas “Bestiário” (1951), “Las armas secretas” (1959), ), “Rayuela”, (1963), “Todos los fuegos el fuego” (1966), “Ultimo round” (1969), “Octaedro” (1974), “Pameos y Meopas” (1971), “Queremos tanto a Glenda (1980), “Salvo el crepúsculo” — póstumo (1984) e "Papéis inesperados" — póstumo (2010). O escritor morreu em Paris, de leucemia, em 1984.


O texto acima foi publicado originalmente em "Bestiario" e extraído do livro "Contos Latino-Americanos Eternos", Bom Texto Editora, Rio de Janeiro — 2005, pág. 09, organização e tradução de Alicia Ramal.

Leia o texto. Compre o livro.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

APRENDA A DAR AULAS...

: Professor de cursinho é show!... Olha a didática do cara......



Verdadeira, porém com fantasias. Foi contado isso abaixo, pelo professor de forma cômica:
Na 2a. guerra, a esquadra brasileira saiu do Brasil com uma só missão, e no caminho se assustaram com um cardume de "toninhas" e abriu fogo achando que eram os tão falados submarinos alemães. Mataram todas.
Chegaram na Espanha um dia depois da rendição alemã, e com a folga, resolveram passear. Triste realidade, 50% da tropa morreu de gripe espanhola...esta foi a baixa...

Este professor foi show ...
vejam o filminho....

quinta-feira, 22 de julho de 2010

GOLEIRO BRUNO É A ALEGRIA DOS CHARGISTAS HUHUHUHUHUHU


E NA LAVANDERIA...:


DEPOIS DO RUBRO NEGRO:


MAIS CHARGES !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


EH ISSO AI, O GOLEIRO BRUNO VEM AI HUHHUHU
AFFS

NÃO PASSA NADA HUHUHUHU

VAI QUE É TUA BRUNOOOOOOOOOOOO........

NOVAS CHARGES ADIVINHA DE QUEM???????





MONÓLOGO DE UMA SOMBRA

"Voltando aos nossos poemas, deixo hoje augusto dos anjos, com todo sua brilhante capacidade de nos fazer refletir, sobre a vileza e mediocridade da natureza humana, neste monólogo (como em toda sua obra), mostra com uma profundidade por poucos alcançada, o quanto somos mecânicos em nossas atitudes e decadentes em nossa moral."

boa leitura...


O VILÃO

"Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!

A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
A sáude das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!

Pairando acima dos mundanos tetos,
Não conheço o acidente da
Senectus
- Esta universitária sanguessuga
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!

Na existência social, possuo uma arma
- O metafisicismo de Abidarma -
E trago, sem bramánicas tesouras,
Como um dorso de azémola passiva,
A solidariedade subjetiva
De todas as espécies sofredoras.

Como um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo á Natureza Humana.
A podridão me serve de Evangelho...
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que urra nos bosques
E com certeza meu irmão mais velho!

Tal qual quem para o próprio túmulo olha,
Amarguradamente se me antolha,
À luz do americano plenilúnio,
Na alma crepuscular de minha raça
Como urna vocação para a Desgraça
E um tropismo ancestral para o Infurtúnio.

Aí vem sujo, a coçar chagas plebéias,
Trazendo no deserto das idéias
O desespero endêmico do inferno,
Com a cara hirta, tatuada de fuligens
Esse mineiro doido das origens,
Que se chama o Filósofo Moderno!

Quis compreender, quebrando estéreis normas,
A vida fenomênica das Formas,
Que, iguais a fogos passageiros, luzem...
E apenas encontrou na idéia gasta,
O horror dessa mecânica nefasta,
A que todas as coisas se reduzem!

E hão de achá-lo, amanhã, bestas agrestes,
Sobre a esteira sarcófaga das pestes
A mostrar, já nos últimos momentos,
Como quem se submete a uma charqueada,
Ao clarão tropical da luz danada,
O espólio dos seus dedos peçonhentos.

Tal a finalidade dos estames!
Mas ele viverá, rotos os liames
Dessa estranguladora lei que aperta
Todos os agregados perecíveis,
Nas eterizações indefiníveis
Da energia intra-atômica liberta!

Será calor, causa ubíqua de gozo,
Raio X, magnetismo misterioso,
Quimiotaxia, ondulação aérea,
Fonte de repulsões e de prazeres,
Sonoridade potencial dos seres,
Estrangulada dentro da matéria!

E o que ele foi: clavículas, abdômen,
O coração, a boca, em síntese, o Homem,
- Engrenagem de vísceras vulgares -
Os dedos carregados de peçonha,
Tudo coube na lógica medonha
Dos apodrecimentos musculares!

A desarrumação dos intestinos
Assombra! Vede-a! Os vermes assassinos
Dentro daquela massa que o húmus come,
Numa glutoneria hedionda, brincam,
Como as cadelas que as dentuças trincam
No espasmo fisiológico da fome.

E unia trágica festa emocionante!
A bacteriologia inventariante
Toma conta do corpo que apodrece...
E até os membros da família engulham,
Vendo as larvas malignas que se embrulham
No cadáver malsão, fazendo um s.

E foi então para isto que esse doudo
Estragou o vibrátil plasma todo,
À guisa de um faquir, pelos cenóbios?!...
Num suicídio graduado, consumir-se,
E após tantas vigílias, reduzir-se
À herança miserável de micróbios!

Estoutro agora é o sátiro peralta
Que o sensualismo sodomista exalta,
Nutrindo sua infâmia a leite e a trigo...
Como que, em suas células vilíssimas,
Há estratificações requintadíssimas
De uma animalidade sem castigo.

Brancas bacantes bêbedas o beijam.
Suas artérias hírcicas latejam,
Sentindo o odor das carnações abstêmias,
E á noite, vai gozar, ébrio de vício,
No sombrio bazar do meretrício,
O cuspo afrodisíaco das fêmeas.

No horror de sua anômala nevrose,
Toda a sensualidade da simbiose,
Uivando, á noite, em lúbricos arroubos,
Como no babilônico sansara,
Lembra a fome incoercível que escancara
A mucosa carnívora dos lobos.

Sôfrego, o monstro as vítimas aguarda.
Negra paixão congênita, bastarda,
Do seu zooplasma ofídico resulta...
E explode, igual á luz que o ar acomete,
Com a veemência mavórtica do aríete
E os arremessos de uma catapulta.

Mas muitas vezes, quando a noite avança,
Hirto, observa através a tênue trança
Dos filamentos fluídicos de um halo
A destra descamada de um duende,
Que tateando nas tênebras, se estende
Dentro da noite má, para agarrá-lo!

Cresce-lhe a intracefálica tortura,
E de su'alma na cavema escura,
Fazendo ultra-epiléticos esforços,
Acorda, com os candieiros apagados,
Numa coreografia de danados,
A família alarmada dos remorsos.

É o despertar de um povo subterrâneo!
E a fauna cavernícola do crânio
- Macbetbs da patológica vigília,
Mostrando, em rembrandtescas telas várias,
As incestuosidades sangüinárias
Que ele tem praticado na família.

As alucinações tácteis pululam.
Sente que megatérios o estrangulam...
A asa negra das moscas o horroriza;
E autopsiando a amaríssima existência
Encontra um cancro assíduo na consciência
E três manchas de sangue na camisa!

Míngua-se o combustível da lanterna
E a consciência do sátiro se inferna,
Reconhecendo, bêbedo de sono,
Na própria ânsia dionísica do gozo,
Essa necessidade de
horroroso,
Que é talvez propriedade do carbono!

Ah! Dentro de toda a alma existe a prova
De que a dor como um dartro se renova,
Quando o prazer barbaramente a ataca...
Assim também, observa a ciência crua,
Dentro da elipse ignívoma da lua
A realidade de urna esfera opaca.

Somente a Arte, esculpindo a humana mágoa,
Abranda as rochas rígidas, torna água
Todo o fogo telúrico profundo
E reduz, sem que, entanto, a desintegre,
À condição de uma planície alegre,
A aspereza orográfica do mundo!

Provo desta maneira ao mundo odiento
Pelas grandes razões do sentimento,
Sem os métodos da abstrusa ciência fria
E os trovões gritadores da dialética,
Que a mais alta expressão da dor estética
Consiste essencialmente na alegria.

Continua o martírio das criaturas:
- O homicídio nas vielas mais escuras,
- O ferido que a hostil gleba atra escarva,
- O último solilóquio dos suicidas -
E eu sinto a dor de todas essas vidas
Em minha vida anônima de larva!"

Disse isto a Sombra. E, ouvindo estes vocábulos,
Da luz da lua aos pálidos venábulos,
Na ânsia de um nervosíssimo entusiasmo,
Julgava ouvir monótonas corujas,
Executando, entre caveiras sujas,
A orquestra arrepiadora do sarcasmo!

Era a elegia panteísta do Universo,
Na podridão do sangue humano imerso,
Prostituído talvez, em suas bases...
Era a canção da Natureza exausta,
Chorando e rindo na ironia infausta
Da incoerência infernal daquelas frases.

E o turbilhão de tais fonemas acres
Trovejando grandiloquos massacres,
Há-de ferir-me as auditivas portas,
Até que minha efêmera cabeça
Reverta á quietação da treva espessa
E à palidez das fotosferas mortas!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

NOVAS POLÍTICAS DE RH

Com as novas regras vigentes no mercado e a necessidade de adaptação, tanto por parte das empresas quanto dos funcionários, informamos aos nossos colaboradores as novas regras aprovadas pelo RH de nossa empresa, e vigente a partir desta data:

AUSÊNCIA DEVIDO À ENFERMIDADE:
Não vamos mais aceitar uma carta do médico como prova de
enfermidade..Se o funcionário tem condições de ir até o consultório
médico, pode vir trabalhar.

CIRURGIA:
As cirurgias são proibidas. Enquanto o funcionário trabalhar nesta
empresa precisará de todos os seus órgãos, portanto, não deve pensar em remover nada. Nós o contratamos inteiro.
Remover algo constitui quebra de contrato.

AUSÊNCIAS DEVIDO A MOTIVOS PESSOAIS:
Cada funcionário receberá 104 dias para assuntos pessoais a cada ano..
Chamam-se sábado e domingo.

AUSÊNCIA DEVIDO À SUA PRÓPRIA MORTE:
Isto será aceito como desculpa. Entretanto, exigimos pelo menos 15
dias de aviso prévio, visto que cabe ao funcionário treinar o seu
substituto.

O USO DO WC:

Os funcionários estão passando tempo demais no toalete. No futuro,
seguiremos o sistema de ordem alfabética. Por exemplo, todos os
funcionários cujos nomes começam com a letra 'A' irão entre 8:00 e
8:20,aqueles com a letra 'B' entre 8:20 e 8:40, etc. Se não puder ir na
hora designada, será preciso esperar a sua vez, no dia seguinte. Em
caso de emergência, os funcionários poderão trocar o seu horário com
um colega.
Os supervisores dos funcionários deverão aprovar essa troca, por
escrito.

Adicionalmente: agora há um limite estritamente máximo de 3 minutos
no banheiro.
Acabando esses 3 minutos, um alarme irá tocar, o rolo de papel
higiênico será recolhido, a porta do banheiro abrirá e uma foto será
tirada. Se for repetente, a foto será fixada no quadro de avisos da
empresa sob o título:
"Infrator Crônico".

INDUMENTÁRIA:
Informamos que o funcionário deverá trabalhar vestido de acordo com
o seu salário.
Se o percebermos calçando um tênis Nike de R$ 350,00
e carregando uma bolsa Gucci de R$ 600,00 presumiremos que vai
bem de finanças e, portanto, não precisa de aumento.
Se ele se vestir
de forma pobre, será um sinal de que precisa aprender a controlar
melhor o seu dinheiro para que possa comprar roupas melhores e,
portanto, não precisa de aumento.
E, se ele se vestir no meio termo,
estará perfeito e, portanto, não precisa de aumento.

A HORA DO ALMOÇO:
Os magros têm 30 minutos para o almoço, porque precisam comer
mais para parecerem saudáveis. As pessoas de tamanho normal têm 15
minutos para comer uma refeição balanceada que sustente o seu corpo
mediano. Os gordos têm 5 minutos, porque é tudo que precisam para
tomar um "Slim Fast" e um remédio de regime.

Muito obrigado pela sua fidelidade à nossa empresa.
Estamos aqui para proporcionar uma experiência empregatícia positiva..
Portanto, toda dúvida, comentário, preocupação, reclamação,
frustração, irritação, agravo, insinuação, alegação, acusação,
observação, consternação e "input" deverá ser dirigida para qualquer
outro lugar.

Atenciosamente,

Setor de Recursos Humanos

terça-feira, 20 de julho de 2010