Paris raptou Helena
E em Tróia se refugiou
Menelau pai da melena
Toda Tróia sitiou...
Era grande a fortaleza
Que a Grécia tanto atacou
Pra resgatar a princesa
Que Paris escravizou...
Por fim, deram em retirada
Deixando Helena guardada.
E um cavalo de madeira...
Na entrada da cidade
Provoca curiosidade
Nos troianos sem bandeira...
O esconderijo do poeta são suas palavras. Nos cantos mais obscuros da língua ele jaz, encapotado. De seus becos vazios e escuros, ele espreita, à espera de alguma palavra descuidada, jogada fora. Forma com elas tijolos com os quais vai erguendo sua fortaleza. Queres encontrar um poeta, procura-o entre os muros de palavras, nos becos da linguagem. Encontrá-lo-á, encolhido, encapuzado, porém atento, aguardando o próximo descuido...
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