Ao entrar na sala de aula, a professora vê um pênis desenhado no quadro.
Sem perder a compostura, imediatamente ela apaga o desenho e começa a aula.
No dia seguinte, o mesmo desenho, só que ainda maior.
Ela torna a apagá-lo e não faz nenhum comentário.
No outro dia, o desenho já ocupa quase o quadro inteiro e por baixo
ela lê a seguinte frase:
'Quanto mais você esfrega, mais ele cresce!'
O esconderijo do poeta são suas palavras. Nos cantos mais obscuros da língua ele jaz, encapotado. De seus becos vazios e escuros, ele espreita, à espera de alguma palavra descuidada, jogada fora. Forma com elas tijolos com os quais vai erguendo sua fortaleza. Queres encontrar um poeta, procura-o entre os muros de palavras, nos becos da linguagem. Encontrá-lo-á, encolhido, encapuzado, porém atento, aguardando o próximo descuido...
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