Se alguém hoje lhe bloquear as portas, não gaste sua energia com confrontos, procure as janelas.
Lembre-se da sabedoria da água:
''Ela nunca discute com seus obstáulos, ela simplesmente os contorna''...
O esconderijo do poeta são suas palavras. Nos cantos mais obscuros da língua ele jaz, encapotado. De seus becos vazios e escuros, ele espreita, à espera de alguma palavra descuidada, jogada fora. Forma com elas tijolos com os quais vai erguendo sua fortaleza. Queres encontrar um poeta, procura-o entre os muros de palavras, nos becos da linguagem. Encontrá-lo-á, encolhido, encapuzado, porém atento, aguardando o próximo descuido...
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